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quinta-feira, janeiro 18

[perspectivas: ator coadjuvante]


1 (2) Eddie Murphy, por Dreamgirls
2 (1) Jack Nicholson, por Os Infiltrados
3 (8) Djimon Hounsou, por Diamante de Sangue
4 (10) Jackie Earle Haley, por Pecados Íntimos
5 (4) Alan Arkin, por Pequena Miss Sunshine

Eddie Murphy tem tudo para sair do Kodak Theatre com o Oscar nas mãos. Depois de ter sido premiado pelo Globo de Ouro, guarda belas chances de reprisar o troféu no SAG e se aproveita do melhor momento da campanha de Dreamgirls, que renovou suas possibilidades como contender na categoria principal. E aí tem o conjunto: um musical onde o cara canta, um comediante em papel sério, um ator numa ressurreição. A combinação se mistura ao fato de que os outros candidatos podem, todos, falhar na indicação. Eu diria que só Mr. Muphy é certeza aqui.

Jack Nicholson foiindicado ao Globo de Ouro e esquecido pelo SAG, mas ele é Jack Nicholson, um ator com indicação sempre garantida quando o filme é um sucesso. O grande problema é que tem muita competição interna, mas a) acho que Di Caprio segue como protagonista e b) acho que entre Jack tem mais cacife do que Mark Wahlberg. Como Os Infiltrados parece que vai ser um hit nas indicações, não imagino que o cara fique de fora.

Djimon Hounsou me parece aquela indicação de que todo mundo duvida e que sempre emplaca. Ele já mostrou que tem carisma com aquela indicação pela fúria de sua personagem em Terra dos Sonhos. Em Diamante de Sangue, o perfil é um misto de herói popular bruto e pai apaixonado, o que sempre cativa muitos acadêmicos. A indicação no SAG prova isso. Além de tudo, seria uma maneira indireta de laurear o filme já que Di Caprio deve aparecer por Os Infiltrados na categoria de protagonistas.

Jackie Earle Haley, por Pecados Íntimos, é o voto independente, aquele que termina sendo imposto aos acadêmicos pela quantidade imensa de precursores que o credenciaram. Me parece uma possibilidade bastante forte de indicação. Acredito que Alan Arkin, que vem recebendo um forte apoio dos precursores, deva entrar até como uma espécie de conjunto da obra, coisa que a Academia adora fazer. E pode ser a única indicação de um ator num filme de elenco como Pequena Miss Sunshine já quer Abigail Breslin não é certeza.

6 (9) Mark Wahlberg, por Os Infiltrados
7 (3) Brad Pitt, por Babel
8 (6) Ben Affleck, por Hollywoodland
9 (7) Michael Sheen, por A Rainha
10 (11) Steve Carrell, por Pequena Miss Sunshine

A candidatura de Mark Wahlberg, por Os Infiltrados, só fez crescer nos últimos tempos. Ganhou o prêmio dos críticos de Boston, um peso leve, mas foi indicado para o Globo de Ouro. A competição com seus colegas de elenco é um belo empecilho, ainda mais quando faz frente a Jack Nicholson e, segundo algumas expectativas, Leonardo Di Caprio. Se o filme de Scorsese vier com força no Oscar, é bem capaz de roubar a vaga de Arkin ou Haley.

Por outro lado, mesmo nominado para um Globe, Brad Pitt viu suas chances diminuírem a cada dia. O aval dado a Babel pela HFPA é seu maior trunfo, embora isso não indique que ele esteja entre os finalistas. Sua interpretação é mesmo sem graça - ele já fez muito melhor sem ser indicado. Ben Affleck sofre de um mal parecido. Igualmente indicado ao GG, muito mais por ser um astro do que por merecimento, tem uma performance apenas simpática em Hollywoodland. Num ano sem tantos contenders, poderia até emplacar.

A candidatura em que eu nunca acreditei é a de Michael Sheen, que não diz a que veio em A Rainha, ficando sempre à sombra de Helen Mirren. Parece, inclusive, aquele perfil de indicado que entra por causa do buzz do protagonista (como Rosemary Harris, em Tom & Viv), mas não para este ano. Steve Carrell não tem muita chances. Quase nenhuma, na verdade, a não ser que resolvam lembrar que é dele a melhor performance do fraquinho Pequena Miss Sunshine. Sei lá... o hype, né?

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