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segunda-feira, outubro 16

[citação]

O oscarBUZZ ficou famoso. Foi citado no blogue da Anne Thompson, do Hollywood Reporter.

terça-feira, outubro 10

[comentários pós-festival do rio]

Com minha ida ao Rio de Janeiro, deu para conferir alguns dos filmes que têm chances de concorrer ao Oscar deste ano. Os Infiltrados, de Martin Scorsese, subiu muito nas minhas expectativas de indicação. Muito bem recebido pela crítica, promete ser sucesso de bilheteria (foi a maior abertura de um filme do diretor desde Cabo do Medo), e é um filme muito bem dirigido, com alma popular. Pode aparecer mesmo entre os indicados para melhor filme e diretor, além de roteiro adaptado, montagem, fotografia e som. Leonardo Di Caprio (e não Matt Damon) está ótimo, mas é Jack Nicholson quem pode roubar a cena, já que começou a se especular se a campanha não será para colocá-lo como protagonista. Ele está genial e venderia mais o filme para o Oscar. Vera Farmiga é uma possibilidade.

A Rainha, de Stephen Frears, tem poucas chances de emplacar nas categorias principais, mas Helen Mirren é o nome mais assegurado entre as melhores atrizes. E deve ser a vencedora caso não aconteça algum terremoto. Prêmio merecido. Michael Sheen, a meu ver, não tem chances, mas o Oscar pode lembrar da veterana Sylvia Sims, intérprete da rainha-mãe, entre as coadjuvantes (como Rosemary Harris, entre outras, também papou indicação). Há alguma possibilidade em roteiro, mas há tantas inserções factuais que talvez incomodem a Academia. A trilha de Alexandre Desplat é muito incidental. Direção de arte? Talvez, mas pouco provável.

Se Dália Negra não tivesse um final tão pretensamente intrincado poderia até haver chances para Brian De Palma, mas a meu ver o roteiro pôs sua indicação de direção a perder. A fotografia, a direção de arte e, em menor escala, os figurinos são o ponto alto do filme, indicações praticamente certas. A trilha de Mark Isham, muito noir, tem boas chances. Fonte da Vida, que chegou a ser cotado nas categorias nobres, pode fracassar até nas técnicas. É muito ruim e seu visual é esplendidamente brega.

Ben Affleck nem está tão bem assim, mas sua performance em Hollywoodland ocupa bem aquela vaga de atuação de galã mostrando que é ator, que Hollywood adora. Deve ser indicado como coadjuvante, mas pode até ser vendido como principal se os concorrentes não forem tão fortes. Diane Lane pode faturar com as sobras de sua campanha. As categorias de direção de arte e figurinos têm alguma chance. O roteiro, poucas.

Entre os estrangeiros, Dez Canoas, o australiano, é carta fora do baralho. Aborígenes concorrendo ao Oscar num filme quase hermético? Não. Já Mundo Novo e seu classicismo inteligente podem ter mais sorte. O filme tem o perfil dos indicados neste quesito.


 
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